quarta-feira

14 de março: Dia da poesia

Homenagem ao dia da poesia...
Esta poesia fala da cidade em que moro. Cubatão.

Cubatão
Minha terra não passa de uma estrada,
um bambual que rumoreja ao vento;
sol de fogo em areia prateada,
deslumbramento e mais deslumbramento.
O chafariz em forma de carranca,
confidente das moças do arrabalde,
despeja a sua gargalhada branca
no bojo de latão de um velho balde,
Nas portas, parasitas cor de sangue,
um mastro esguio em cada casinhola;
gente tostada que desfolha o mangue,
crianças pálidas que vêm da escola.
Ao fundo, a Serra. Pinceladas frouxas,
de ouro e tristeza, em fundo azul. Aquelas
manchas que são jacatirões — as roxas,
e aleluias — as manchas amarelas.
A minha terra, quando a vejo, escampa,
cheia de sol e de visões amigas,
lembra-me o cromo que enfeitava a tampa
de uma caixa de goma, das antigas...
                                                                Afonso Schmidt
Publicado no livro Mocidade (1921), in Poesia,  Ed. Nacional, 1945, SP
Fonte: http://www.itaucultural.org.br/

Cubatão não é só um caminho no meio da viagem de quem vem da capital para o Guarujá, é um lugar de história. Muitos não sabem, mas D. Pedro I passava em frente a minha casa,  rs, é verdade!. Eu explico.
Eu moro próximo à Avenida 9 de abril, a principal avenida da cidade e antes, na época de D. PedroI, quando ele namorava a Domitila (que por sinal teve uma casa perto daqui) Ele vivia passando aqui em frente para encontrar sua amada na casa de pedra que fica na montanha acima da cidade e a avenida era caminho. Legal, né! Cubatão tem história e mesmo sendo uma cidade litorânea sem praia, ela tem mar e me orgulho muito de morar aqui.

Beijos mil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário