Esta poesia fala da cidade em que moro. Cubatão.
CubatãoMinha terra não passa de uma estrada,
um bambual que rumoreja ao vento;
sol de fogo em areia prateada,
deslumbramento e mais deslumbramento.
O chafariz em forma de carranca,Nas portas, parasitas cor de sangue,
confidente das moças do arrabalde,
despeja a sua gargalhada branca
no bojo de latão de um velho balde,
um mastro esguio em cada casinhola;
gente tostada que desfolha o mangue,
crianças pálidas que vêm da escola.
Ao fundo, a Serra. Pinceladas frouxas,A minha terra, quando a vejo, escampa,
de ouro e tristeza, em fundo azul. Aquelas
manchas que são jacatirões — as roxas,
e aleluias — as manchas amarelas.
cheia de sol e de visões amigas,
lembra-me o cromo que enfeitava a tampa
de uma caixa de goma, das antigas...
Afonso Schmidt
Publicado no livro Mocidade (1921), in Poesia, Ed. Nacional, 1945, SP
Fonte: http://www.itaucultural.org.br/
Cubatão não é só um caminho no meio da viagem de quem vem da capital para o Guarujá, é um lugar de história. Muitos não sabem, mas D. Pedro I passava em frente a minha casa, rs, é verdade!. Eu explico.
Eu moro próximo à Avenida 9 de abril, a principal avenida da cidade e antes, na época de D. PedroI, quando ele namorava a Domitila (que por sinal teve uma casa perto daqui) Ele vivia passando aqui em frente para encontrar sua amada na casa de pedra que fica na montanha acima da cidade e a avenida era caminho. Legal, né! Cubatão tem história e mesmo sendo uma cidade litorânea sem praia, ela tem mar e me orgulho muito de morar aqui.
Beijos mil.
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